quarta-feira, 8 de junho de 2011

Colher o dia

Colher o dia, para mim, significa acordar cedinho e sentir a primeira brisa da manhã, aquela que passa sem pressa pela janela onde ainda há a última gota de orvalho que ainda não caiu por completo. E, enquanto aquele pardal alegre canta esperando os companheiros que vêm cheios de pequenos pedaços de pão, o dia é colhido num longo bocejo e carregado nos bolsos ao longo da tarde azul.




E para você, o que é colher o dia?



quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Voz de Amigo

É a voz do gostar,
É a voz do alertar,
dizendo nas palavras,
hei! acorde...Quero te ajudar!!!
É a voz que vem com o que precisamos ouvir,
ler, perceber, interiorizar...
Quando não conseguimos ler a nós mesmos,
Quando nos falta o chão, o teto, o rumo..
Vem como um "cutucão" benigno..
Uma sacudida,
Um alerta..
Uma sirene que soa o nobre sentimento,
de luz,
imenso cuidar..
Vem com tanta verdade,
mas, com o cuidado de não magoar..
Uma voz que Deus usa,
que vem devagar..
Que inunda...
Que traz alegrias..
Que contagia..
Uma voz de anjo,
Uma voz de irmão escolhido...
Presentes e presente..
Nos dois sentidos..o de estar e, o de jóia inestimável..
Um mestre de consciência...
Mestre paciente para ouvir,
Ser cúmplice nas dores e alegrias...
Mãos estendidas,
entrelaçadas...
Dádiva da vida...
únicos,
senhores do bem:
Voz de amigo!!!!!

Escrita por:
Jane Lagares

segunda-feira, 24 de agosto de 2009


    José
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio
e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?
Carlos Drummond de Andrade

domingo, 23 de agosto de 2009

ESSA TAL TECNOLOGIA


Ela está em toda parte
Na escola, no trabalho, na rua
Não dá mais pra ficar na sua
E fingir que não está vendo
A tecnologia está te absorvendo
Desde o amanhecer até o anoitecer
Celular, vídeo e TV
Caixa eletrônico, e-mail e DVD
Internet, MSN... tudo a ver...
Ou eu me atualizo...
E aprendo a usar,
Ou fico ultrapassada e não posso mais trabalhar.
Tanta tecnologia!!!
Invadindo meu dia a dia...
Felizmente sou dinâmica
E não tenho medo de mudança.
É melhor eu enter na dança
Do contrário, perco espaço
Pra essa tal tecnologia
Afinal, o meu aluno
Que “tá” sempre conectado
Não aguenta mais ficar parado.
Com tanta coisa pra explorar
Ele só pensa em navegar...
O tempo todo:
Noite e dia!!!

( Professora Denize Gallo, poesia produzida para o Curso Mídias na Educação e publicado no livro de poesias Revelando Almas de Poeta volume IV, do NRE Pitanga)

Mágico


Queria ser um mágico
e fazer magia
mas, quando eu tentava
nunca conseguia
Só consegui quando li uma peosia
que dizia que era só tentar
tentar que a gente conseguia.
(Ian Adriel dos Santos – Aluno col. João Cavalli/Palmital - 7ª B)

VIOLÊNCIA E PAZ


A paz nos trás amor
A violência trás a dor
Paz é fruto da justiça
Violência é parceira da malícia.

Paz é viver e sentir o vento
Violência é tempestade e tormento
Viver em paz é ter sorte
Viver a violência é ver a própria morte.

Violência é triste demais
Quero um mundo em se encontre enfim a PAZ.
( Érica Plep- aluna Col. João Cavalli/Palmital 5ª D)

PAZ!!!


Na escola ou na rua
tudo gera violência
por um simples ato
sem nenhuma consciência!

Quero lutar por um cantinho
onde tenha paz e amor
onde as pessoas se respeitem
onde não tenha rancor.

Hoje há guerras e conflitos
e não há mais confiança
as pessoas tem medo de andar nas ruas
sem nenhuma segurança.

PAZ! Precisamos dela...
e de atitudes de solidariedade
para construir um mundo melhor
Com mais fraternidade.

( Juliana Antônio – aluna do Col. João Cavalli/Palmital -1º A)

quarta-feira, 19 de agosto de 2009



Que possamos colher os dias em seu melhor tom neste ano de 2009.. todos nós.. para que lá no fim da estrada possamos dizer:
- valeu a pena.. passamos pelos dias não simplesmente eles passaram por nós..

terça-feira, 18 de agosto de 2009





~ Da Música ~

Sentei-me ao pé daquela que meu coração ama, e ouvi suas palavras. Minha alma começou a vaguear pelos espaços infinitos onde o universo aparecia como um sonho, e o corpo como uma prisão acanhada.

A voz encantadora de minha Amada penetrou em meu coração.

Isto é música, amigos, pois eu a ouvi através dos suspiros daquela que amo, e pelas palavras balbuciadas por seus lábios.

Com os olhos de meus ouvidos, vi o coração de minha Amada.

Meus amigos: a Música é a linguagem dos espíritos. Sua melodia é como uma brisa saltitante que faz nossas cordas estremecerem de amor. Quando os dedos suaves da música tocam à porta de nossos sentimentos, acordam lembranças que há muito jaziam escondidas nas profundezas do Passado. Os acordes tristes da Música trazem-nos dolorosas recordações; e seus acordes suaves nos trazem alegres lembranças. A sonoridade de suas cordas faz-nos chorar à partida de um ente querido ou nos faz sorrir diante da paz que Deus nos concedeu.

A alma da Música nasce do espírito e sua mensagem brota do Coração.

Quando Deus criou o Homem, deu-lhe a Música como uma linguagem diferente de todas as outras. Mesmo em seu primarismo, o homem primitivo curvou-se à glória da música; ela envolveu os corações dos reis e os elevou além de seus tronos.

Nossas almas são como flores tenras à mercê dos ventos do Destino. Elas tremulam à brisa da manhã e curvam as cabeças sob o orvalho cadente do céu.

A canção dos pássaros desperta o Homem de sua insensibilidade, e o convida a participar dos salmos de glória à Sabedoria Eterna, que criou a melodia de suas notas.

Tal música nos faz perguntar a nós mesmos o significado dos mistérios contidos nos velhos livros.

Quando os pássaros cantam, estarão chamando as flores nos campos, ou estão falando às árvores, ou apenas fazem eco ao murmúrio dos riachos? Pois o Homem, mesmo com seus conhecimentos, não consegue saber o que canta o pássaro, nem o que murmura o riacho, nem o que sussurram as ondas quando tocam as praias vagarosa e suavemente.

Mesmo com sua percepção, o homem não pode entender o que diz a chuva quando cai sobre as folhas das árvores, ou quando bate lentamente nos vidros das janelas. Ele não pode saber o que a brisa segreda às flores nos campos.

Mas o coração do homem pode pressentir e entender o significado dessas melodias que tocam seus sentidos. A Sabedoria Eterna sempre lhe fala numa linguagem misteriosa; a Alma e a Natureza conversam entre si, enquanto o Homem permanece mudo e confuso.

Mas o Homem já não chorou com esses sons ? E suas lágrimas não são, porventura, uma eloqüente demonstração?

Divina Música!
Filha da Alma e do Amor.
Cálice da amargura
E do Amor.
Sonho do coração humano,
Fruto da tristeza.
Flor da alegria, fragrância
E desabrochar dos sentimentos.
Linguagem dos amantes,
Confidenciadora de segredos.
Mãe das lágrimas do amor oculto.
Inspiradora de poetas, de compositores
E dos grandes realizadores.
Unidade de pensamento dentro dos fragmentos
Das palavras.
Criadora do amor que se origina da beleza.
Vinho do coração
Que exulta num mundo de sonhos.
Encorajadora dos guerreiros,
Fortalecedora das almas.
Oceano de perdão e mar de ternura.
Ó música.
Em tuas profundezas
Depositamos nossos corações e almas.
Tu nos ensinaste a ver com os ouvidos
E a ouvir com os corações.



Os Filhos ~
(Do Livro "O Profeta")

Uma mulher que carregava o filho nos braços disse: "Fala-nos dos filhos."

E ele falou:

Vossos filhos não são vossos filhos.
São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.
Vêm através de vós, mas não de vós.
E embora vivam convosco, não vos pertencem.
Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos,
Porque eles têm seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;
Pois suas almas moram na mansão do amanhã,
Que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.
Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós,
Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.
Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.
O arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força
Para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe.
Que vosso encurvamento na mão do arqueiro seja vossa alegria:
Pois assim como ele ama a flecha que voa,
Ama também o arco que permanece estável.